domingo, 24 de fevereiro de 2013

paixão não é amor


            esse é um fragmento do livro "as 5 linguagens do amor" ,que axei muito interessante vale apena ler.




  Alguns pesquisadores, entre eles o psiquiatra M. Scott Peck e a
psicóloga Dorothy Tennov, chegaram à conclusão de que a
experiência da paixão não deveria, de forma alguma, ser chamada de
amor. Dr. Peck concluiu que o apaixonar-se não é amor verdadeiro,
por três razões:
             Primeira, apaixonar-se não é um ato da vontade nem uma
escolha consciente. Não importa o quanto desejemos, não conseguimos
apaixonar-nos voluntariamente. Por outro lado, mesmo que
não busquemos essa experiência, ela pode, simplesmente, acontecer
em nossa vida. Muitas vezes apaixonamo-nos no momento errado e
pela pessoa errada!
            Segunda, apaixonar-se não é amor verdadeiro porque não
implica em nenhuma participação de nossa parte. Qualquer coisa que
façamos apaixonados, requererá pouca disciplina e esforço. Os
longos e dispendiosos telefonemas realizados, o dinheiro gasto em
viagem para ficarmos juntos, os presentes, e todo trabalho envolvido,
nada representam. Da mesma forma que os pássaros constroem
instintivamente seus ninhos, a natureza da pessoa apaixonada
impulsiona na realização de atos inusitados e não naturais, de um
para com o outro.
           Terceira, a pessoa apaixonada não está genuinamente interessada
em incentivar o crescimento pessoal daquela por quem
nutre sua paixão. “Se temos algum propósito em mente ao nos
apaixonarmos, é o de terminar nossa própria solidão e, talvez,
assegurar essa solução através do casamento”.1 A paixão não se
focaliza em nosso crescimento pessoal e nem tampouco no da outra
pessoa amada. Pelo contrário, a sensação é a de que já se chegou
onde se deveria alcançar e não é necessário crescer mais.
Encontramo-nos no ápice da felicidade e nosso único desejo é
continuar lá. E nosso (a) amado (a), naturalmente, também não
precisa mais crescer, pois já é perfeito (a). Esperamos somente que
ele (ela) mantenha essa perfeição.
            Se apaixonar-se não é amor, então o que é? Dr. Peck afirma: “E
um componente instintivo e geneticamente determinado do
comportamento de acasalamento. Em outras palavras, um colapso
temporário das reservas do ego que constituem o apaixonar-se; é uma
reação estereotipada do ser humano a uma configuração de
tendências sexuais internas e estimulações sexuais externas, as quais
designam-se ao crescimento da probabilidade da união e elo sexual,
tendo em vista a perpetuação da espécie”.
            Quer concordemos ou não com essa conclusão, os que dentre
nós se apaixonaram e também saíram desse estado de paixão,
concluirão que essa experiência arremessa-nos a uma órbita
emocional diferente de qualquer outra que porventura
experimentamos. A tendência é o rompimento com a nossa razão, o
que nos leva a fazer e a dizer coisas que nunca faríamos, ou diríamos
em momentos de maior sobriedade. De fato, quando saímos desse
estado de paixão, questionamos como pudemos ter feito tais coisas.
           Quando a onda da emoção passa e voltamos ao mundo real, onde as
diferenças são notórias, quantos de nós fizeram para si a pergunta:
“Por que me casei? Não combinamos em nada!” No entanto,
quando estávamos no auge da paixão, pensávamos que combinávamos
em tudo — pelo menos, em tudo que era importante.
Isso significa que, por termos sido “fisgados” dentro da ilusão
da paixão, encontramo-nos agora frente a duas opções: 1 — estamos
destinados a uma vida miserável com nosso cônjuge, ou 2 —
devemos nos separar e tentar novamente? Nossa geração tem optado
pela última decisão, ao passo que a anterior escolheu a primeira.
Antes de concluirmos automaticamente o fato de que fizemos a
melhor escolha, devemos examinar os dados. Atualmente, 40% dos
primeiros casamentos, nos Estados Unidos, terminam em divórcio;
60% dos segundos e 75% dos terceiros, também. Pelo que se pode
ver, a perspectiva de um segundo e terceiro casamentos felizes, não é
muito atingida.
As pesquisas realizadas parecem indicar que existe uma
terceira e melhor alternativa: reconhecer que a paixão é o que é —
um pico emocional temporário — e então desenvolver o amor
verdadeiro com nosso cônjuge. Esse tipo de sentimento é de natureza
emocional, mas não obsessivo. É o amor que une razão e emoção.
Envolve um ato da vontade e requer disciplina, pois reconhece a
necessidade de um crescimento pessoal. Nossa necessidade
emocional básica não é apaixonar-se, mas ser genuinamente amado
(a) pelo outro; é conhecer o amor que cresce com base na razão e na
escolha e não no instinto. Preciso ser amado por alguém que escolheu me amar,que vê em mim algo digno de ser amado

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